Dermatite atópica é uma doença crônica da pele, caracterizada por pele seca, coceira e lesões conhecidas como eczemas. Surge na infância, e costuma melhorar com a idade. Não é contagiosa.
É uma doença de pele, mas está muito associada à asma e à rinite alérgica. É a chamada “tríade atópica”. Existe uma grande correlação genética, pois é comum vários indivíduos da família apresentarem algum destes problemas.
Nas crianças menores as lesões costumam surgir na face e superfícies externas dos braços e pernas. As crianças maiores costumam ter lesões nas dobras (pescoço, atrás do joelho e cotovelo).
O diagnóstico de dermatite atópica é geralmente simples para um bom dermatologista, mas o grande diferencial é a capacidade do profissional de orientação para estes pacientes e – no caso de crianças – para os pais.
A busca por uma causa e por uma cura, que inexiste até o momento, causa grande angústia para os que convivem com este problema.
É comum vermos pais que fazem uma verdadeira peregrinação por consultórios médicos em busca de um exame para identificar do que o filho/a tem alergia. Mas na verdade a maioria destes pacientes não tem alergia a um produto, e sim uma pele que se irrita com muita facilidade a qualquer produto que seja minimamente irritante.
A dermatite atópica não tem cura. Mas os cuidados com a pele no dia-a-dia e o uso dos medicamentos adequados quando necessários melhoram muito a vida do paciente atópico.
Uma orientação básica para todos pacientes com dermatite atópica são os cuidados com o banho, que deve ser rápido, morno, e usar pouco sabonete.
O uso de um hidratante específico para dermatite atópica é aconselhado, pois estes produtos são formulados para “imitar” a proteção natural da pele, sem agredí-la. São um pouco mais caros que os hidratantes comuns, mas fazem a diferença!
Espero ter ajudado a esclarecer alguns pontos desta doença tão comum (afeta cerca de 10% das crianças).
Até o próximo post!